quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CAPITAL ERÓTICO

CAPITAL ERÓTICO

Atualmente surgiu um novo termo, o chamado Capital erótico, criado por Catherine Hakim, socióloga da London School of Economics and Political Science, na defesa de uma quarta categoria de habilidades pessoais, ao lado de capital econômico, social e cultural. No estudo Capital Erótico, recém-publicado na European Sociological Review, Catherine explica sua proposta: “Beleza se torna um valor individual muito importante em nossa moderna e sexualizada cultura, tão importantes quanto qualificações educacionais” (ORDOVAS, 2010, p.1).

Segundo o dicionário (TERSARIOL, 2010, p. 174) a palavra “erótico” significa: relativo ao amor, sensual, lúbrico, lascivo, ou seja, elucida a libido o lado carnal. De fato, como está sendo colocado, o capital erótico busca em primeiro lugar chamar a atenção pela beleza, pela erotização da pessoa, para através disso atingir o objetivo profissional.

O capital erótico é uma junção de seis características, que resultam em pessoas com um poder de atração física e social maior do que o dos demais, tornando-as companhias admiradas especialmente pelo sexo oposto (ORDOVAS, 2010, p.1).

Segundo esse estudo as pessoas que exibem capital erótico acima da média são mais persuasivas, e quase sempre vistas como mais honestas e competentes, sendo mais fácil para elas fazer amigos, conseguir empregos e casar (ORDOVAS, 2010, p.1).

O capital erótico é composto pela atratividade física e social que permite que um homem e uma mulher seja considerado uma companhia satisfatória e atrativa para os demais. Nas palavras de Catherine Hakim, Ordovas (2009, p.1) diz que: “[...] pessoas que possuem uma média alta de capital erótico são mais persuasivas e notadas como honestas e competentes. Eles acham mais fácil fazer amigos, conseguir emprego, casar e tendem a ganhar 15% mais do que a média.”

Para definir esse poder erotizante, a socióloga listou os principais componentes. Você verá que beleza até conta, mas não é fundamental porque há outras cinco características igualmente importantes para chegar ao conjunto do poder erótico, como a atividade sexual, atratividade social, vivacidade, apresentação, sexualidade e fertilidade (ORDOVAS, 2010, p.1).

A beleza é um conceito que varia no tempo e entre culturas, mas é essencialmente valorizado por todos. O conceito moderno enfatiza a fotogenia, o que leva a valorização de homens e mulheres de olhos grandes, lábios carnudos e pele bronzeada (ORDOVAS, 2010, p.1).

A atratividade sexual não tem a ver com a beleza clássica, mas sim com um corpo sexy. É preciso lembrar que sex appeal tem muito mais a ver com estilo e personalidade, com “seu jeito de estar no mundo”. A beleza é facilmente captada numa foto, mas o jeito como a pessoa fala e se move, não. É desse aspecto que trata a atratividade sexual (ORDOVAS, 2010, p.1).

A atratividade social é baseada em uma mistura de graça, charme e outros dotes sociais, como a habilidade para deixar o outro à vontade, feliz e com vontade de conhecer você, possivelmente, desejando você também (ORDOVAS, 2010, p.1).

Vivacidade também se trata de um conjunto de condicionamento físico, energia social e bom humor (ORDOVAS, 2010, p.1).

Na apresentação, está o modo como você se veste, usa maquiagem, o estilo do cabelo e acessórios é o que dá a uma pessoa uma boa apresentação (ORDOVAS, 2010, p.1).

Na sexualidade está incluída competência sexual, energia, imaginação erótica e outras características de um bom parceiro sexual. Não tem a ver com libido e, por motivos óbvios, só pode ser definida em particular, e não no convívio social (ORDOVAS, 2010, p.1).

A fertilidade, segundo a autora, só vale para mulheres e em certas culturas que enxergam dotes especiais nas mães de crianças saudáveis e bonitas (ORDOVAS, 2010, p.1).


3 CAPITAL SOCIAL

O conceito de capital social é amplamente empregado em discussões sobre saúde do regime democrático, níveis de participação e conhecimento políticos, desenvolvimento socioeconômico e performance institucional. A organização dos indivíduos em grupos produz hábitos cooperativos e de confiança mútua que conduzem a maiores índices de participação e confiança política, contribuem para a saúde econômica do sistema e remetem a melhores performances institucionais. O capital social é, portanto, considerado um recurso que serve tanto a fins socioeconômicos quanto políticos.

Índices de capital social são também associados a uma maior equidade de gênero, ou seja, altos índices de capital social, supostamente, relacionar-se-iam positivamente com indicadores sociais tais como o bem-estar da comunidade, bom desempenho escolar de crianças e adolescentes, baixos índices de criminalidade e agressão, boa saúde, baixa evasão fiscal (SACCHET, 2009, p.12).

Fatores esses que são de grande interesse das mulheres, dado os papéis sociais que desempenham. Altos índices de capital social também contribuem para promover equidade política entre homens e mulheres. Assim, sociedades com índices mais altos de capital social teriam também maior igualdade social e política de gênero (SACCHET, 2009, p.14).

A nova economia institucional explica por que as organizações surgem, tornam-se estáveis ou são transformadas, e fornece subsídios para a compreensão das formas como a ação e a cultura são estruturadas nas organizações. As instituições, entendidas como um conjunto de regras, normas e valores, definem as regras do jogo e as organizações as utilizam, ou seja, jogam. O jogo requer estratégias e táticas para obter sucesso (NORTH, 1994, p. 179).

Agostinho Scher Aluno do 1° Semestre do curso de Ciências Contábeis do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo – IESA.
Alessandra Natacha Gaklik Aluna do 1° Semestre do curso de Ciências Contábeis do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo – IESA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário